2 de jul. de 2010

vento

entre o silêncio e a palava
há um sopro vacilante
há uma boca quase seca
há uma saliva aflita
um pensamento sujo
um querer fronteiriço
um pedido de asilo
de arroubo.
há um coração balbuciante
um estertor suspenso no nascimento.

nada mais há de me suportar nos limites.

4 comentários:

  1. belo texto
    sem correntes
    sem tetos
    sem preço
    uma hora ora
    outra é apreço
    a tal liberdade
    olhar pro céu...
    ...por que no chão as vezes agente não vê mais concerto...

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  2. Opa! Agradeço o elogio e o poema...

    olhar pro céu pra tentar se desgarrar do chão, nem q a suspensão esteja no espaço de um pulo...

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  3. O espelho bem que podia ser outro, hein, Amanda...
    Porque este aí tá embaçado, viu!
    Tá embaçado...

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