28 de out. de 2010

COLO

eu me curvo
de braços abertos e abaulados
eu me sento
de cabeça baixa e olhar difuso
eu me guio
no ritmo sereno do que respiro.

eu me tranço rede
para teu sossego
eu me amasso folha
para adormecer tuas aflições.

Um comentário:

  1. Ai Aru! Tava só espernado vc se manifestar no meu blog pra dizer que, na verdade, conheci a Florbela Espanca por meio da senhorita, de um coment que vc fez bem nos meus primeiros posts, lembra? Também tive essa primeira impressão e acabei me esquecendo de revisitá-la, mas eis que ela me aparece no livro que estou lendo para a matéria da Heloisa, Senhores de Si, que fala do tio da Florbela, o Padre Espanca, “erudito de Vila Viçosa”.

    Voltando aos poemas da moça, cheguei a conclusão (um tanto simplista) que, se os homens são todos iguais (e no momento acho que são todos uns filhos da puta), amá-los é sempre a mesma coisa... enfim, me identifiquei com cada linha lida e aí entra o lance do horóscopo, hehehe...

    Agora, todo o resto que vc escreveu, meu deus, é a lição que eu preciso tomar! Se não fosse amar tanto aquele que me fez perder o amor próprio (e apesar disso)... ai, ai, ai, nesse campo minado eu só piso em lugar errado... O amor não apenas cega, aleija também!

    Muitos palavrões hão de vir! (espero!)

    Un besito

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