que tenha sido a neblina
uma névoa agridoce,
a cegueira das paisagens.
que tenha sido.
e não o é mais.
por mais que forte
já foi
por mais claro
foi impressão.
até agora gravado nos meus desejos
safados e puros.
mas não sobrará nada para frustar (parece nome de picolé de fruta ou suco refrescante).
que tenha sido
e foi.
como tudo vem sendo.
vencendo.
o prazo de vida das frustações parece se esgotar.
a validade das solidões, a sobrevida do ressentimento.
amanhã acordarei cedo como se fosse nadar.
irei à missa e chorarei mais do que hoje
voltarei para casa
lerei aquilo que devo e quero
suspirarei
arrumarei minhas bagunças
e me encontrarei nos meus traços.
seria muita exposição revelar aqui meus planos para um dia de feriado? (depois de mais de dois anos de blog você vem e pergunta isso?!)
ou as minhas dores?
as frustações?
os desejos?
os (des)amores?
omitir uns nomes?
explicitar outros?
mas as projeções para um futuro próximo (como dormir daqui a 15 minutos) não passam de ficções, assim como todos os temas sobre os quais construo os textos.
e quando eu me dou conta a maré já me levou para longe de mim.
longe demais para voltar.
seria de amargurar se não fosse eu meu mar.
preciso ler muito mais.
mas agora vou dormir.
AMEI, AMEI, AMEI !!!
ResponderExcluirIncrível Aru, além do que você escreve ser lindo, é bom pra sentir! [desculpe a nerdisse antropológica] Ainda que seus escritos advenham de circunstâncias outras, eles concretizam tantas coisas pra mim que até me fazem sentir melhor. É como se porque foram ditos, todos esses incômodos (se é que posso chamá-los assim) foram, de certa forma, resolvidos, ou pelo menos controlados.
Ai, sei lá, você viaja lá nos meus comentários, eu viajo por aqui, pode ser?! Hehehe...
bjim
Viajemos, então, Nat!
ResponderExcluirhahahaha!
Brigadão! Eu sempre acho engraçado como escritos como este fazem sentido para outras pessoas...rs.
Eles sempre tem uma carga maior de subjetividade, por assim dizer...
É bom, é bom...resolvidos, controlados... entendidos e às vezes domados!
Beijo!