etnografei minha descrença.
está feito o relatório final.
nos "Anexos", uma carta doutrinária de auto-crença fundamentalista destinada a expirar vinte e quatro horas depois de sua primeira leitura.
um recorte longitudinal ergue-se qual farol na página 37 (seção Metodologia):
o sistema mostra-se vertical,
uma pletora de ontens e anos retrasados
acumulados uns sobre os outros,
negativos de tempos pré-históricos,
modernidades arcaicas, minha escada para o céu.
o passado parece ruir.
podre e roto desmoronando seus sentidos para uma análise sincrônica.
o passado parece ruir para um presente oroboro.
etnografei minha descrença.
ontens retrasados.
o hoje parece ruir.
"uma carta doutrinária de auto-crença fundamentalista destinada a expirar vinte e quatro horas depois de sua primeira leitura"
ResponderExcluiro bom de escrever esses delírios é que ficamos sabendo algo a respeito do que realmente importa.
um beijo.
Porra! Este passa a ser o meu favorito... Vou colocar lá no meu facebook e no meu brog tb!
ResponderExcluiretnografei minha descrença durante anos; hoje poetizo a minha crença e existencializo a minha etnografia
ResponderExcluircomentário-resposta geral: que beleza! adorei os cometários, queridos!
ResponderExcluirvale por isso mesmo Amanda!
ResponderExcluirperceber isso, saber o que realmente importa no escrever em si e depois ainda ter o registro disso, no caso de eu esquecer algum dia.
nisto eu vou criando baratas no meio de tanto papel.
e para aumentar a criação de baratas e não esquecer das coisas realmente importantes é que farei uma coisa que estou há muito para fazer: vou imprimir o blog pq confio mais no sistema analógico que no digital e mesmo no blogger.
Voltaste à ativa, né?!
Beijo!
O melhor foi o "Porra!" este elegio eu ainda não tinha recebido! ahahaha
ResponderExcluirAdorei adorei!
(comentei lá facebook)
Beijo!!!
"etnografei minha descrença durante anos; hoje poetizo a minha crença e existencializo a minha etnografia"
ResponderExcluirBom!
É...entendo o q vc quer dizer.