15 de ago. de 2010

Daqui vejo os navios.
Por mais cais qu'eu me negue
Vocês me chegam mareando,
Meu batismo de espuma,
Reparindo
E me tentando.

Nas areias nunca certas,
À mercê de suas farras,
Vem maré, vai sossego,
Me desfaço em tuas vagas!

Na beira de um mundo de sal.

3 comentários:

  1. Aru, seus escritos estão fluindo de uma forma tão simétrica e ritmada ultimamente, estou adorando!

    (claro que eu já delirava nos anteriores mas agora me dá aquela sensação, sabe quando vc está no mar e vai lá bem pro fundo onde as ondas não quebram? E daí vem um balanço bom que dá até pra boiar de barriga pra cima e curtir um marulhinho no ouvido...)

    Olha só, tá passando uma peça Donka - uma carta a Tchekhov no Sesc Pinheiros, 10 reais, até esta quinta, fui ontem e não parei de chorar, foi a coisa mais bonita que já vi na minha vida... você tem que ir, tem que sentir aquilo meu!

    Beijos!

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  2. o que não respondi pessoalmente:
    daqui a pouco vou começar a escrever poemas milimetricamente ritmados.
    daqueles que se lê em voz alta, batendo uma das mãos na perna para marcar o tempo.

    !
    ;)

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