17 de out. de 2010

"Só numa multidão de amores" - Maysa

é uma da manhã mas não deveria ser.
um fela roubado.
um xilofone and two thousand black.

acabei de descobrir que gosto de xilofone
e que tenho mesmo que providenciar uma t(r)oca de silicone (?) ou me livrar destes cabelos.
altough there's no time for intensive treatment.
think about it!
two thousand black!

descobri-me estrangeira na minha cidade
imigrante de um mundo interrompido
anestesiado na sua própria penumbra
de um alvorecer de cabeça para baixo.

acabei de descobrir que gosto de xilofone
e que este sax é o catéter na minha veia.
"bom é este jazz"
"beijo na bochecha também é"


Teresa,
o primeiro era poeta, sereia de cantos seminais.
forjava os versos de puro ferro do negrume
das gerais.

o segundo era sem rima
puxava o "r" nos extremos da cidade
veio de baobá direto da Faculdade.

o terceiro me falou:
para onde você quer ir?
pega o praça da sé.
mas eu o traí e fui de campo limpo.



o poeta
o professor
o porteiro.


meu primeiro beijo tinha som de "p".
meus últimos amores duraram um dia.
o primeiro dia de verão desta primavera
foi assim uma chuva dezembrina.

são duas horas mas não deveria ser.
algo deveria ter passado junto com o tempo.
não foi, ficou.
pensar o que não se vive não é vida.

mas vai que é assim, uma chuva dezembrina!


"tudo passa"



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