4 de fev. de 2010

Carcaça de carne, Chaim Soutine
Segundo o Wikipédia Soutine só pintava com modelos vivos.
Sendo assim levou para sua casa o modelo para esta pintura.
Pudera eu ter um destes aqui.
Minha fascinação pudica diante dos caminhões de carne, baús-frigoríficos escancarados na porta do açougue. Corpos pendidos, pêndulos nervosos, vermelhos frios latejando contra o ar. Era A hora.
Pesava nos ganchos e ouvia "olé!", ouvia "alá!", ouvia as caras ávidas, a noite suspensa, as pupilas derramadas, os dentes num castanholar frígido.


"fuga"


Gemia com a boca que não tinha.
Cismava na razão decepada,
e pensava
e queria
e crispava-se todo frendendo os músculos,

rompendo as fibras,

girando menino-sorriso,

balanço do Hook no júbilo

do quase...quase...quase...quase...

- Ai de mim!

lembrando 1

lembrando 2

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