28 de mai. de 2010


este toque que te dou vem dos nós mais atados
que trago no ventre remoendo minhas raízes fingidas
de memória e nostalgia genealógica.

este olhar mais agudo, de um erotismo cru e lancinante, traz para junto de mim uma noite submersa em livros e concreto armado: as horas passadas nas frestas dos teus olhos, na ponta dos teus dentes me ferindo a carne marinada no dendê.
(Ogunhê!)

fico alerta de novo.
no caso de tormentas: maio e junho, impérios dos ventos mórbidos, os ventos frios, a cavidade deserta, o visgo, a sorte lançada no caos.




Maio 07


Algo de mim ficou naquele pó
Rolando na nuvem rente ao chão.
A terra parecia provar nossos pés,
aguando os restos do nosso viço,
cercando o doce do nosso café.

Era uma primavera sutil.
Era uma pétala em veludo
a se instalar na rouxidão...



Más notícias, Rodolfo Amoedo

Éramos oito mulheres de 20 a 60 anos...
Todas extremamente envolvidas por
esta senhora de Amoedo...
Por mais de dez minutos
moramos expremidas entre seus dedos,
vivemos de respirar seus através de seus poros
e brincar nas suas rendas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário